terça-feira, 29 de julho de 2014

PLAYABLE CITY

MAKING THE CITY PLAYABLE CONFERENCE, 10-11 SEPTEMBER 2014 (BRISTOL, UK)

Featuring Google Creative Lab’s Tom Uglow, architect Usman Haque, artist Luke Jerram and Ogilvy’s Tara Austin, this two-day international conference will explore the theme of the ‘Playable City’, asking what it might mean for citizens, urban planners, tech giants, small companies, artists and designers in imagining and making the cities of the future. On 10 and 11 September, we will be bringing together a brilliant group of thinkers, makers, planners and civil disobedients to look at cities as playable places and ask the question: how do we make and unmake our future cities?

Convened by the Watershed, Festival of Ideas and UWE Bristol's Digital Cultures Research Centre (DCRC), the conference will feature playful interventions, networking, debate and discussion, artist commissions and a cross-disciplinary academic strand.

For more information on the conference programme and speakers, visit Making the City Playable Conference site - http://www.watershed.co.uk/playablecity/conference14/

domingo, 6 de julho de 2014

Child in the City

29 September - 1 October 2014 
The 7th Child in the City Conference will take place in Odense (Denmark) at the University of Southern Denmark




Participation, inclusion and cooperation
What are the effective models form including and engaging
diverse children and young people, especially those in most
need of support? How can we build bridges between
children, parents and professionals to create more integrated
responses from services, and better children’s communities
within in the urban landscape?
Child wellbeing and the impacts of recession
What are the impacts of economic recession on children’s rights,
health and life chances? How can we demonstrate the economic 
sense of investing in services and spaces for children? How do
we sustain services through times of constrained public funding?
What is the role of child-impact assessments in making difficult
decisions on public spending?
Play, mobility and children’s cultureHow can we best
respond to the UN’s General Comment about play, recreation
and children’s cultural lives? How can local governments
combat the insidious commercialization and over-institutionalization
of children’s lives; promote their greater mobility; and create
opportunities for their playful physical activity and access
to the natural world?


terça-feira, 1 de julho de 2014

APRENDIZAGEM COLABORATIVA


A linguagem oral com que a criança chega à escola, independentemente do seu contexto, é a base para a aprendizagem da linguagem escrita, sendo um objectivo primordial da instituição escolar permitir e encorajar cada criança a usar a língua materna com o máximo de eficácia, quando fala, ouve falar, lê e escreve. Mesmo sabendo disto, todos os anos propomos às crianças, que frequentam o lº ciclo do Ensino Básico, uma educação dirigida principalmente à sua razão, em detrimento da sua afectividade e de toda a riqueza das expressões que são garantia de um desenvolvimento mais completo do conjunto das suas faculdades.
Os trabalhos sobre literacia emergente mostram que as crianças aprendem cada vez mais cedo a ler e a escrever observando e interagindo com os adultos e com outras crianças, em aprendizagens focadas numa multiplicidade de saberes: rotinas, jogos, histórias e atividades sociais diferenciadas que podem e devem ser convocadas para o contexto de sala de aula. Se sabemos que a criança aprende a falar mesmo antes de aprender a ler, a escrever e a saber usar a linguagem em seu beneficio e não temos dúvidas que é importante que a criança aprenda, na escola, as regras gramaticais que lhe permitem o uso adequado e o reconhecimento social da linguística, também é fácil compreender que elas podem desde a escola básica (lº Ciclo) aprender a compreender a olhar e participar no mundo social valorizando o que aprenderam na Escola. A reflexividade linguística que se exige a uma criança será menos abstracta que a reflexividade que se exige para olhar o mundo social? O mundo em que ela vive ?
 A ideia de que as crianças vivem num mundo à parte afastado da realidade social e política, sem tensões sociais, e que as crianças constroem a sua identidade sem mesmo antes terem consciência da diversidade social, cultural, do significado da aprendizagem escolar, é uma visão difícil de aceitar. 

Acreditando nisto, e na aptidão das crianças enquanto atores sociais competentes, desafiamos um grupo de alunos/as a construir um instrumento de recolha de informação que tivesse em conta as suas preocupações e saberes sobre a aprendizagem da língua materna.
 As crianças criaram um jogo que serve de ponto de partida para perceber o que significa aprender a ler e escrever e qual a importância das diferentes áreas de expressão para conseguir essas aprendizagens. Partimos do pressuposto de que as crianças são investigadoras todos os dias pois, participam em projetos diários quer em contexto de sala de aula quer na escola e que um dos papéis do/a professor/a é criar o hábito (individual e colectivo) de pensar nas coisas, nas palavras, refletir e criar hábitos intelectuais de ligação das diferentes aprendizagens que elas fazem dentro ou fora da sala de aula. Uma aprendizagem colaborativa entre adultos e crianças, que se pauta pela escuta, pelo  diálogo, pela partilha de informação, mas também pela solidariedade e inter-ajuda.








Maria José Araújo e Marlene Magalhães

domingo, 1 de junho de 2014

Todos usamos a memória diariamente. Todos!

Numa sociedade em que a informação está sempre ao nosso alcance é preciso ter cuidado com o que se propõe às crianças na escola.

(...)
Quando se obriga a memorizar e repetir, estamos a impor uma conceção já programada e raramente as crianças aprendem a pensar, a pôr em causa, e isso não as ajuda a perceber e ficar com vontade de continuar. O que se propõe com muitas situações de jogo é a possibilidade de produzir, mudar e conceber novas formas de fazer/jogar. Isto, aliás, acontece com os estudantes de qualquer nível de ensino e até com os adultos. Não raras vezes ouvimos dizer que os estudantes “decoram e vomitam matéria”, sem saber nada. O que, sendo um exagero, é já de algum modo uma forma de se denunciar este tipo de conceção do conhecimento. Em relação aos adultos, o discurso comum usa muito a expressão: parecem uns papagaios, isto é, decoraram, mas na realidade não sabem. Em relação às crianças, o próprio Ministério da Educação incentiva a prática, não só no estudo em casa mas também na escola, com as metas curriculares de português para ver quem consegue ler mais palavras por minuto. Uma prática que as crianças não entendem e que está a deixar muitos educadores (pais e professores) estupefactos, pois já não chegava mecanizar e ensinar a “vomitar”: agora é preciso, também, cronometrar.


Estudar e fazer TPC é a mesma coisa?

Texto completo
http://barometro.com.pt/archives/1250

Uma CRIANÇA QUE BRINCA

1 de Junho Dia Mundial da Criança


UMA CRIANÇA QUE BRINCA

Poderá parecer exagerado pensar que pelo facto de vermos a criança como um adulto a vir tenhamos de aceitar também que ela não brinca. Parece, na verdade, que podemos sempre ver a criança como um ser duplo que em parte se desenvolve projectando-se dessa maneira no futuro, e em parte vive plenamente o seu tempo, o tempo de crianças que lhe é dado. Não tendo ela consciência de viver para o futuro, a coincidência com o seu tempo actual, o sentir-se a viver no presente, não lhe está vedado. Talvez seja assim. De facto porque haveria a criança de pensar cada um dos seus gestos como irreal, quase fantasmático, ilusório, algo que não é o que parece?!... Que a criança vive o seu presente, no seu presente, não parece difícil de aceitar. É no lado do adulto que o problema existe. Não apenas porque, muito comesinhamente, ele pense sacrificar o mais que puder o presente da criança ao seu futuro, nem apenas porque , cheio da sua certeza de especialista ou de instruído pelos especialistas tente impor à criança um presente falsificado (espaços, situações, brinquedos, jogos...) concebidos para beneficiar o desenvolvimento da criança, e por conseguinte não concebidos pela própria criança. Mas porque tudo isto revela a sua incapacidade de ver a criança, de sequer ver a criança. Poderá aceitar que ela tem um presente, mas não lhe reconhece qualquer valor. O presente da criança é uma excrescência a ignorar, passatempo ou entretenimento sem importância, ou, preferivelmente a manipular de modo a que nem tudo nele seja em pura perda. Ora um presente assim pensado é um presente não v isto, não olhado. Olhando não ve uma criança que brinca, a que assume estar toda no seu presente, mas um futuro adulto    (...)
Vitor Martins

domingo, 25 de maio de 2014

As crianças e a educação, ou a construção de novos sujeitos políticos por: Hugo Monteiro e Maria José Araújo

(...)

O discurso educacional preponderante foi amplamente alicerçado numa construção sólida e exclusiva da vida adulta como idade da razão. A idade adulta pensa-se, neste seguimento, como negação e recalcamento da infância, assim como a infância é tida como anteposta transgressão da idade adulta, com a educação como móbil desta superação.
O adulto é visto como evolução da infância, evolução esta gerada, acelerada e possibilitada pelos processos de educação. A educação produziria o adulto, num processo de humanização que arranca o ser humano do estado de natureza, concretizado na criança que começa por ser. E assim se inventa o “ofício do aluno”.


(...)
Ser-se amigo das crianças é saber-se que na voz de cada um/a há uma capacidade de construção e de crítica que é preciso acolher, indagando e acarinhando o seu potencial de invenção;
Ser-se amigo das crianças é deixar que as palavras, as coisas, as realidades se transformem na liberdade que lhes é própria e devida;
Ser-se amigo das crianças é deixar fluir essa dose de incalculável que nelas habita, e que excede desde logo qualquer intenção domesticadora e qualquer posição subalterna;
Ser-se amigo das crianças é, em suma, desobstruir a sua participação em tudo o que está por fazer, por inventar e por construir de novo.
Tal amizade passa, claro está, por assumir a criança como (novo) sujeito político, num processo tão potencialmente disruptivo quanto qualquer processo político verdadeiramente sério e democrático.

Texto completo na pagina 95
http://www.revistavirus.net/images/PDF/virus5.pdf

Brincar a ler é fazer teatro e contar histórias


à conversa


- Eu acho que é muito importante ler. Se eu não soubesse ler, quando o meu namorado me escrevesse, toda a gente ficava a saber os meus segredos. - Como é que eu podia ler histórias aos meus filhinhos antes de eles irem para a cama?
- Ler é uma coisa muito especial, porque nós podemos ver quem morre nos jornais ou até procurar casa. E até podemos saber notícias de outros países e de outras cidades. - Se eu não soubesse ler não podia fazer bolos, porque não sabia ler a receita.
- E tu Jorginho? Achas que é importante ler? - Eu acho que é muito bom ler e até me faz muita falta. O meu irmão não sabe ler e eu tenho de o ajudar nos deveres. - Se eu não soubesse ler não podia ir às compras com a minha mãe – diz o Carlos. - A minha avó não sabe ler, só sabe ouvir e às vezes eu conto-lhe histórias. Ela fica muito contente de eu saber ler e até me faz festinhas na cabeça quando eu lhe leio algumas partes do meu livro. Um dia ela até chorou.
Brincar a ler é fazer teatro e contar histórias.

(grupo de crianças do projecto Biblioteca Popular “À Procura da Aventura”)

Gosto muito da minha rua


A minha rua

Eu gosto da minha rua Eu não saía da minha rua nem que dessem 200 contos. Tenho tudo na minha rua, porque tenho muitos amigos e
Também fazemos muitos jogos...
(Maria Luísa)

Gosto tanto de brincar


No recreio

No meu recreio eu gosto muito de brincar ao lencinho e aos saltinhos em altura. Tem uns murinhos e eu ... salto. É perigoso, eu sei .... e é proibido. A minha professora não deixa ....a minha mãe também não. Mas eu gosto muito.

(Diogo 6 anos )

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Lembrar o 25 de Abril pensando nas crianças

As crianças, em todo o mundo, têm muitas coisas em comum.

querem ter uma família,
querem viver entre a família e os amigos,
querem ter uma casa,
querem sentir-se em segurança,
querem beber água potável,
querem ter comida para comer...

Em todo o mundo elas estão sempre a dizer-nos - das mais diferentes maneiras - que querem espaços para brincar, espaços onde possam respirar sem poluição, sem lixo ...
Em todo o mundo elas gostariam de ser respeitadas pelos adultos, ter adultos capazes de as respeitar ...

E, em todo o mundo elas gostariam de ter acesso a uma educação que lhes possa também trazer qualidade de vida no futuro.

Não são pedidos irracionais ... mas mais de 1/3 da população infantil em todo o mundo não tem estas condições. Morrem diariamente milhares de crianças com menos de 5 anos e idade porque não tem que comer...

É um escândalo!

Que o 25 de Abril, hoje, nos leve para além da soleira da porta,
Que o 25 de Abril, hoje, nos lembre o significado da solidariedade, do compromisso, do respeito ...
Que o 25 de Abril, hoje, nos envergonhe pelo pouco que fazemos,
Que o 25 de Abril, hoje, nos obrigue a prevenir situações destas ao pé da nossa casa, junto das pessoas com quem trocamos o nosso olhar todos os dias ...

Não é preciso falar ...  É preciso fazer!

A autoridade não se impõe, conquista-se

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