Numa sociedade em que a informação está sempre ao nosso alcance é preciso ter cuidado com o que se propõe às crianças na escola.
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Quando se obriga a memorizar e repetir, estamos a impor uma conceção já programada e raramente as crianças aprendem a pensar, a pôr em causa, e isso não as ajuda a perceber e ficar com vontade de continuar. O que se propõe com muitas situações de jogo é a possibilidade de produzir, mudar e conceber novas formas de fazer/jogar. Isto, aliás, acontece com os estudantes de qualquer nível de ensino e até com os adultos. Não raras vezes ouvimos dizer que os estudantes “decoram e vomitam matéria”, sem saber nada. O que, sendo um exagero, é já de algum modo uma forma de se denunciar este tipo de conceção do conhecimento. Em relação aos adultos, o discurso comum usa muito a expressão: parecem uns papagaios, isto é, decoraram, mas na realidade não sabem. Em relação às crianças, o próprio Ministério da Educação incentiva a prática, não só no estudo em casa mas também na escola, com as metas curriculares de português para ver quem consegue ler mais palavras por minuto. Uma prática que as crianças não entendem e que está a deixar muitos educadores (pais e professores) estupefactos, pois já não chegava mecanizar e ensinar a “vomitar”: agora é preciso, também, cronometrar.
Estudar e fazer TPC é a mesma coisa?
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