De uma maneira geral, as crianças são muito activas e querem saber e
satisfazer a sua curiosidade. Mesmo sabendo disto, nós, os adultos,
nem sempre valorizamos o acto de brincar como forma privilegiada de
aquisição e construção de conhecimento. Escolarizamos precocemente os
seus tempos de brincar, não as envolvemos na organização das
actividades que marcam o seu dia-a-dia e menosprezamos a(s) sua(s)
capacidades de construir e reconstruir a realidade social.
Paradoxalmente, para as crianças, brincar está presente em todas as
situações de aprendizagem, mesmo as mais formais, como mostra o texto
que aqui se apresenta.
(...)
Este não é um livro qualquer. É um livro importante porque é nosso.
Ainda não estava pronto mas nós já gostávamos muito dele e queríamos
muito escrevê-lo. Brincar é assim, ainda não sabemos muito bem como
vai ser, mas já gostamos muito. Porque brincar não tem um tempo, é
quando se quer. E é uma coisa que as crianças gostam.
Da introdução
--
ARAÚJO, Maria José e MENDES Catarina (Org) (2010). O Quê?... Os Adultos não sabem? Lisboa: Prime Books
100 anos da Tuna Musical de Santa Marinha
Há 2 semanas