A escola da Erada é
só mais uma que retira às crianças que vivem a possibilidade de estudar,
valorizar e criar uma identidade com e na terra onde nasceram.
De acordo com as notícias que saíram hoje na comunicação social, um grupo de pais e encarregados de educação usou os meios que tem ao seu dispor para mostrar o seu descontentamento. Em democracia é assim.
Mas estes pais não estão sozinhos, há por este país fora muitos outros que os compreendem e que com certeza são solidários com esta causa. Ou seja, queremos os nossos filhos a estudar na nossa terra! Na sua terra! Nada mais justo.
A questão, aliás, não pode ser vista só como um problema individual destes pais. É um problema que afeta toda a localidade onde nasceram e, a longo prazo, todos nós.
- as crianças vão crescer longe dos olhos dos vizinhos e familiares, pois vão viver a maior parte do seu tempo noutra localidade;
- vão estudar longe de casa, vão ter de se levantar mais cedo e deitar mais tarde: mais cansaço;
- vão alimentar-se pior e nós vamos gastar mais- como dizia uma das mães;
- vão viver longe dos avós e portanto a socialização familiar será bem diferente;
- a escola fechada é menos uma possibilidade de um pólo cultural local: todos perdem;
- todas as atividades (e são sempre muitas) que as crianças fazem: as festas, os convívios, etc. serão longe da sua terra, não terão a partilha de todos familiares e vizinhos. A confraternização será por isso mais pobre e todos perdem. Haverá sempre menos trocas culturais.
- se uma criança adoece é muito mais complicado para os pais irem buscá-la ou apoiá-la;
- a relação que os pais têm com a aprendizagem dos seus filhos é sempre mais distante e problemática pois não só tudo se passa longe dos seus olhos como não se deslocam à escola com a mesma facilidade;
- as amizades longe da terra podem ser um benefício, mas que outros benefícios conhecemos desta deslocação das crianças mais pequenas?
- despovoar pequenas localidades é e será sempre um problema
De acordo com as notícias que saíram hoje na comunicação social, um grupo de pais e encarregados de educação usou os meios que tem ao seu dispor para mostrar o seu descontentamento. Em democracia é assim.
Mas estes pais não estão sozinhos, há por este país fora muitos outros que os compreendem e que com certeza são solidários com esta causa. Ou seja, queremos os nossos filhos a estudar na nossa terra! Na sua terra! Nada mais justo.
A questão, aliás, não pode ser vista só como um problema individual destes pais. É um problema que afeta toda a localidade onde nasceram e, a longo prazo, todos nós.
- as crianças vão crescer longe dos olhos dos vizinhos e familiares, pois vão viver a maior parte do seu tempo noutra localidade;
- vão estudar longe de casa, vão ter de se levantar mais cedo e deitar mais tarde: mais cansaço;
- vão alimentar-se pior e nós vamos gastar mais- como dizia uma das mães;
- vão viver longe dos avós e portanto a socialização familiar será bem diferente;
- a escola fechada é menos uma possibilidade de um pólo cultural local: todos perdem;
- todas as atividades (e são sempre muitas) que as crianças fazem: as festas, os convívios, etc. serão longe da sua terra, não terão a partilha de todos familiares e vizinhos. A confraternização será por isso mais pobre e todos perdem. Haverá sempre menos trocas culturais.
- se uma criança adoece é muito mais complicado para os pais irem buscá-la ou apoiá-la;
- a relação que os pais têm com a aprendizagem dos seus filhos é sempre mais distante e problemática pois não só tudo se passa longe dos seus olhos como não se deslocam à escola com a mesma facilidade;
- as amizades longe da terra podem ser um benefício, mas que outros benefícios conhecemos desta deslocação das crianças mais pequenas?
- despovoar pequenas localidades é e será sempre um problema
Etc.
Os custos financeiros não descem e os custos educativos, pessoais e culturais são muito altos
Estes pais desesperados tentam por todos os meios que têm ao seu alcance reverter esta situação, ajudar os seus filhos, trazer mais-valias para a sua terra, mas dificilmente serão ouvidos.
Os custos financeiros não descem e os custos educativos, pessoais e culturais são muito altos
Estes pais desesperados tentam por todos os meios que têm ao seu alcance reverter esta situação, ajudar os seus filhos, trazer mais-valias para a sua terra, mas dificilmente serão ouvidos.
É realmente uma pena que não se entenda e ouça estes pais, que tem o direito de ter uma escola aberta e a funcionar na localidade onde os cidadãos constroem as suas vidas. É uma pena que não se entenda que as crianças devem criar raízes nos locais onde nascem, pois só assim podem perspetivar lá um presente e um futuro.