Os Direitos das Crianças, subscritos há 3 décadas pela quase totalidade dos países membros das Nações Unidas, mas tantas vezes letra morta ou mera formalidade no quotidiano de cada um destes países, são ponto de partida para cada um dos textos que integram este livro. Evitando o vazio da celebração ou o formalismo do discurso técnico, cada capítulo desta publicação esclarece limites e explora impensados, exigindo a valorização dos Direitos das Crianças como ímpeto para a construção de alternativas educativas, sociais e cívicas que coloquem as crianças no centro do discurso e no coração da ação.
Os autores e autoras são acima de tudo aliados na reivindicação do direito a uma infância emancipada, dignificada e atuante. Académicos ou ativistas, artistas ou professores, são intérpretes adultos de uma infância com quem convivem por profissão, convicção e militância.
Sem desistir nem dos Direitos nem da sua urgência, estas abordagens denunciam a recorrência da utilização dos Direitos Humanos ou dos Direitos das Crianças como cortinas de fumo para a sistémica subalternização da criança na construção do presente e do futuro.
Por tudo isto, este é um livro crítico, provocador e reivindicativo.