sábado, 17 de agosto de 2013

O castigo dos manuais escolares


Em noticia de ontem na comunicação social ficamos a saber que o ME (Ministério da Educação) quer que os estudantes mais pobres, com apoio social escolar, entreguem os manuais no final do ano lectivo ou podem ficar sem apoio no próximo ano. A ser verdade o teor da noticia, o que parece estar em causa é uma regra comportamentalista e não uma sugestão de reutilização dos manuais por razões que todos reconhecerão como válidas:defesa da natureza, combater o despesismo, ajuda e cooperação entre estudantes, etc 

Algo que as instituições escolares não só incentivam há muitos anos, como vão lembrando ao longo de todo o ano lectivo.

Faz todo o sentido reutilizar os manuais e assim incentivar o que sempre tem sido feito que é a cooperação entre toda a comunidade educativa. Acaba o ano escolar e há um espaço na escola onde todos os alunos deixam os manuais e materiais que já não precisam para que outros possam usar. 
Esta pratica é aliás seguida por bibliotecas e centros de actividades de tempos livres entre outras instituições.

Não poderia o ME ter lembrado? Não era suficiente ou até interessante valorizar que tantas instituições têm feito?

É mesmo verdade que fizeram uma lei em que os pobres que precisam de apoio social escolar entregam o manual ou deixam de ter apoio ?

O ensino é obrigatório e é por ser obrigatório que muitas famílias põe os filhos na escola e o Estado se compromete a criar condições de sucesso. E isso interessa a todos, ou devia interessar.
Os manuais deviam, aliás, ser gratuitos no Ensino público estar online. Como são já alguns no lº Ciclo que o próprio ME disponibiliza.  Como são em muitos países por esse mundo fora que quer que os cidadãos sejam cultos e interessados pela sua educação e cultura.

Mas não! A ser verdade a noticia ela é feita com rancor...autoritarismo. Ou fazes ou ....Não se educa assim ...
Não se constrói nada assim!
É até difícil perceber o que vai na cabeça e no coração de quem faz leis desta forma. 

Não era mais fácil que os estudantes entregassem os manuais, livros ou outros materiais (mochilas etc) que não precisam para ser reutilizados do que ameaçá-los...ou do que ameaçar os que precisam?


Quando os sindicatos de professores ameaçam com greve o que diz o ME ou o governo?


Olha pró que eu digo mas não pró que eu faço ?


É nas pequenas coisas que ficamos a perceber o que se passa e o que por aí ainda virá.






sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Porque é que as crianças têm déficit de atenção?


Há muitas teorias diferentes sobre esta temática. Na verdade não são só as crianças que têm um déficit de atenção, muito pelo contrário. Aliás, aliar o deficit de atenção à idade escolar é em si um preconceito  já que todas as crianças a partir dos seis anos de idade estão em idade escolar, que se prolonga até ao estado adulto. E, a falta de atenção e concentração não se limita aos mais pequenos. 

Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar  o problema que causa tanto espanto nos adultos e tanto sofrimento na criança ou se estamos perante uma sociedade que tem um sistema escolar desajustado dos seus públicos. Nesse sentido, tem-se percebido que; não é o cérebro da criança, mas o contexto social da criança que deve ser tido em conta quando falamos em falta de atenção dos estudantes na escola.

"Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança."

Ver toda a noticia
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/deficit-de-atencao-nas-criancas-francesas.html

Dicionário feito por crianças revela a adultos um mundo que já esqueceram

“Eles têm uma lógica diferente, outra maneira de entender o mundo, outra maneira de habitar a realidade e de nos revelar muitas coisas que esquecemos”


Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)
Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)
Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)
Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)
Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)
Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)
Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)
Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)
Guerra: Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)
Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)
Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)
Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)
Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)
Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)
Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)
SolidãoTristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)
TempoCoisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)
UniversoCasa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)
ViolênciaParte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)


http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/dicionario-de-criancas-colombianas.html

A autoridade não se impõe, conquista-se

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