terça-feira, 6 de novembro de 2007

Entrevista com Gilles Brougere

Debate em torno dos Pokémons - Uma entrevista do Aprende Brasil

Gilles Brougère - O que eu penso, fundamentalmente, é que há uma enorme distância - quem sabe uma oposição -, que não se pode subestimar, entre a cultura infantil contemporânea e a escola. A cultura infantil procura dar à criança um prazer imediato, em função do seu desejo atual como criança. A educação, ao contrário, funciona sob uma lógica que consiste em desviar, de certa forma, a criança de sua infância para conduzi-la a um futuro de adulto. Por isso, ela é orientada por coisas que podem não interessar às crianças. Mesmo se pudermos colocar em prática técnicas pedagógicas que se baseiem no interesse das crianças, resta uma contradição entre a relação direta entre os produtores dessa cultura e as crianças, que se formam através da televisão, e o sistema educacional.
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Posiçao do Conselho de Escolas em relaçao aos "rankings"

A recente divulgação de listas ordenadas (“rankings”) de estabelecimentos de ensino, a partir dos dados dos resultados dos exames nacionais de 2007, veio, uma vez mais, traçar um quadro subjectivo e incompleto da qualidade de trabalho concretizado por muitas escolas públicas LER MAIS

Novo Estatuto do Aluno


O Novo Estatuto do Aluno está a criar uma grande polémica.

A avaliar pelo que se vai dizendo estamos todos convencidos que só na Escola se aprende e portanto é um escandalo se um aluno que falta consegue passar.

Mas afinal porque faltam esses alunos?

Pede-se mais punição... ou como referiu ontem Antonio Vitorino em entrevista na RTP Internacional "... mais contrangimento nas Escolas"...
O que nos vale são estes adultos que quando passam ao papel de comentadores sabem tudo.

Mal vai isto quando só vemos para um lado... o dos adultos!

Será que a Sociologia tem alguma coisa a dizer sobre a infância e a juventude? Talvez o interesse nao seja grande muito embora sociólogos da educação ( Duru-Bellat 1992, Montandon, 1997, Sirota 1998, Chombart de Lauwe 1971 entre outros) tenham vindo a desenvolver interessantes trabalhos que seguramente o Dr Vitorino não leu.!

Educaçao Artistica em debate na Casa da Musica

Conferência Nacional de Educação Artística debate importância da arte no sistema educativo
29 de Out de 2007

Na Conferência Nacional de Educação Artística realizada no Porto, na Casa da Música, nos dias 29, 30 e 31 de Outubro discutiu-se a Educação Artística, em particular sobre o reforço do papel das artes na aprendizagem.
Para mais informações, consultar a página www.educacao-artistica.gov.pt

segunda-feira, 5 de novembro de 2007


Nós também nos sabemos entreter...
e aprendemos muito uns com os outros.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Educação para todos ?

Na União Europeia, e em Portugal, a legislação é clara quanto à responsabilidade e obrigação do sistema educativo de assegurar a eliminação de qualquer tipo de barreiras ao longo dos percursos de formação, de forma a garantir a equidade no acesso à educação de todos os cidadãos, sem qualquer tipo de exclusão, designadamente de pessoas cegas, surdas ou com mobilidade reduzida. É, portanto, um princípio fundamental o da criação de condições de acesso às infra-estruturas sociais, educativas e culturais que sirvam eficazmente, de acordo com as diferentes necessidades, todos os cidadãos, respondendo, no fundo, à legislação existente e aos princípios adoptados e aprovados no plano constitucional e a nível internacional.

A educação é determinante para a participação individual na vida cultural, económica e social. Será que esta condição está garantida na Escola Tempo inteiro?

Concurso Nacional de Jornais Escolares de 2007/08

Que fazer com as novas tecnologias? é o tema do Concurso Nacional de Jornais Escolares de 2007/08, que o Projecto Público na Escola promove, com o apoio do Ministério da Educação.

sábado, 20 de outubro de 2007

A Infância Emancipada

"Por que temos dificuldade em compreender a juventude? Por que razão as reformas da educação se sucedem sem parecerem resolver o problema de fundo? Porque na nossa sociedade, na Civilização, procuramos impor às crianças aquilo que contraria a sua natureza?"
Charles Fourier

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Uma questão de argumento

A propósito de uma notícia que ouvi ontem na rádio
Um representante do Ministério da Educação falava das vantagens da concentração dos alunos de várias aldeias numa só escola de um qualquer centro de uma cidade do interior. As melhores condições físicas e o convívio com mais crianças eram as razões significativas que essas escolas “maiores” poderiam oferecer. Na perspectiva desse dirigente, os quilómetros que as crianças teriam que percorrer de manhã para chegar a essa escola eram um mal menor perante as mais valias anunciadas.
Enquanto aguardava no trânsito o meu direito a circular, questionei-me:

- Antigamente havia apenas algumas escolas do primeiro ciclo em algumas cidades e todas as crianças das aldeias andavam quilómetros, de manhã cedo, para terem o direito a frequentá-las. Isso era o fascismo! Com o 25 de Abril veio a preocupação de criar escolas em todos os locais onde houvesse crianças e, assim, proporcionar cultura e cidadania onde ela fosse precisa, sem obrigar as crianças a sair do seu ambiente e aos tais quilómetros inumanos.Foi um passo em frente. Agora, fecham-se as escolas nas aldeias e as crianças voltam a fazer quilómetros para irem à escola na cidade, porque é uma mais valia para as elas. Isso é a democracia!


JLencastre

A escola: espaço de desilusão

Pela pertinência do conteudo temático " A Escola a tempo inteiro", deixo-lhe aqui os meus parabéns e a minha curta reflexão:

Questiono-me, sobre se, realmente, a escola tem como objectivo servir os interesses das crianças e jovens. Parece-me que, grande parte dos adultos,(pais, professores, educadores, politicos, etc.)norteiam as suas decisões contra eles, em nome deles e "para o bem deles", sem os implicarem nas mesmas , invertendo assim os ponteiros do relógio da inteligência, do bom senso, e da capacidade de escuta. A escola poderia e deveria ser um espaço privilegiado para o desenvolvimento integral do ser humano:um espaço de liberdade, de cruzamento de aprendizagens, de práticas educativas fundamentadas em necessidades individuais. Mas continua-se a valorizar o sucesso escolar, mensurável em funçao dos Rankings e das necessidades parentais de segurança dos filhos. Seccionam-se conteúdos curriculares; determinam-se disciplinas extra curriculares; prolongam-se horários. E com estes, reforça-se a agonia dos mais novos, que esperam,sentados, a hora de brincar!Queremos ver os nossos filhos/alunos felizes? Queremos que aprendam a SER? Não! Somos demasiado egocêntricos, ignorantes e déspotas, para refectirmos sobre as nossas acções e lhes concedermos o direito de opinar, sentir, escolher e experiênciar. Somos ADULTOS!

Deixo um pequeno depoimento do meu sobrinho de 9 anos, que me disse o
seguinte:

- Ser criança acaba tão depressa, tia!
já não tenho tempo para brincar, porque passo a vida na escola!

Até breve

Teresa Pereira (aluna ESE)

sábado, 29 de setembro de 2007

Profissionais das AEC

Recém-licenciados e animadores desenvolvem nas escolas do lº ciclo do EB actividades de animação (Inglês,expressão plástica, música etc).Esta situação tem sido alvo de denúncia por parte do grupo FERVE Fartos Destes Recibos Verdes por várias razões entre as quais:

- ter de passar recibo verde
- honorários baixos

O que se passa na sua escola?

Tem isto repercussão no trabalho que se faz com as crianças?

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Tal como nas aulas de substituição

Tal como nas aulas de substituição, o que parece acontecer com este tipo de medidas é que elas obedecem sobretudo à preocupação dos adultos de terem as crianças ou jovens "num espaço seguro", ocupadas e controladas. A escola a tempo inteiro, em muitos casos, não corresponde a uma tentativa de que os jovens se apropriem do espaço escolar, mas tão só em prolongar o seu tempo de "reclusão" nesse espaço. Há certamente honrosas excepções e em alguns casos poderá ser uma oportunidade de dar acesso a um conjunto de actividades culturais e expressivas que não teríamos de outro modo. Contudo, sempre que essas actividades forem vistas de forma instrumental em relação à escola e às competências "dentro da linha" que ela pretende inculcar e sempre que, em lugar de se estimular a escolha, a autonomia e a emancipação dos jovens, se tiverem preocupações essencialmente regulatórias, aí parece-me que os efeitos desta "escola a tempo inteiro" não serão muito interessantes... Mas é apenas uma sensação, uma preocupação crítica a ser explorada no confronto com cada situação e projecto concreto. Que apareçam então muitos exemplos...
ZEQUINHA

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Mais tempo de trabalho na escola

O ME " faculta às escolas mais horas de trabalho docente, na convicção de que uma maior presença dos docentes na escola só pode conduzir a melhores resultados".

Que relação de causa efeito? Estar na escola mais horas será sinónimo de melhores resultados?

Implementaçao da escola a tempo inteiro

30 de Nov de 2005

No site do ME pode ler: Em Novembro de 2005 o "Ministério da Educação, dá condições às escolas para que introduzam alterações no seu funcionamento, com o objectivo de melhorar os resultados escolares e proporcionar a todos os alunos oportunidades de aprendizagem idênticas".

No mesmo documento do ME pode Ler-se:

"As escolas possuem recursos socioeducativos, como bibliotecas, computadores e jogos didácticos que, para muitos alunos, são recursos únicos, pelo que o acesso aos mesmos deve ser facultado por um período de tempo mais alargado. Para muitos alunos, as alternativas à escola a tempo inteiro são alternativas pobres do ponto de vista educativo. Sendo assim, a escola deve abrir-se como espaço de acesso a recursos para todas as crianças do ensino básico".

Mas não será que na maior parte das escolas o que os alunos estão realmente a ter é mais aulas depois das aulas?

O ambiente da escola

A escola estar aberta todo o dia pode ser muito interessante, mas tudo depende do que lá se faz. Um entendimento do ambiente em que a criança se encontra é importante porque antes de mais indica à própria criança o que esta pode fazer. Uma escola grande com um polivante ou um bom recreio no exterior - pode convidar à correria e ao movimento. Uma sala pequena, contenha o que contiver, pode restringir a sua liberdade natural.

O ambiente da escola, sendo o interface entre o educador e a criança, permite compreender melhor as possibilidades do que se pode fazer, que tipo de actividades se podem desenvolver.

A autoridade não se impõe, conquista-se

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