BELLONI, Maria Cármen (1994) “Children’s free time and Leisure” In José
Machado Pais et al. New Routes for Leisure. Lisboa: ICS.
O objectivo deste texto é compreender como é que as crianças passam o seu tempo quando não estão na escola. A autora parte do princípio que o lazer é um tempo que não envolve actividades obrigatórias, mas sim recreativas, da escolha individual das crianças e que envolvam as suas preferências sem calcular a utilidade, benefício ou necessidade desse tempo. Ou seja, tal como para os adultos, também para as crianças existe um tempo livre, ou seja, um tempo para além do tempo de actividade obrigatória (no caso a escola), mas que tem sido objecto de constrangimentos vários. Um tempo cujo estudo envolve numerosas dificuldades epistemológicas e metodológicas, uma vez que na sociedade moderna os espaços onde as crianças podem tomar as suas próprias decisões são quase inexistentes. A escolha das actividades das crianças é orientada pela família ou pela escola, isto é, pelos adultos.
Para além disto, os espaços exteriores - sobretudo nas grandes cidades - são considerados perigosos ou escassos, o que condiciona a mobilidade das crianças. Para agravar esta circunstância, muitas das actividades organizadas no tempo fora do tempo escolar são impostas às crianças com o pretexto de contribuírem para o seu desenvolvimento. Por estas razões, a autora considera que devemos pôr em dúvida o uso do conceito de “lazer” quando se trata das actividades das crianças.
Este artigo, escrito em 1994, é - como sabemos - de grande relevância hoje!
Para aqueles que acham que as crianças não são "santas" e que a luta pelo direito ao tempo livre, verdadeiramente livre é uma coisa de pedagogos, a leitura é ainda mais essencial!
Aqui fica a sugestão!
O objectivo deste texto é compreender como é que as crianças passam o seu tempo quando não estão na escola. A autora parte do princípio que o lazer é um tempo que não envolve actividades obrigatórias, mas sim recreativas, da escolha individual das crianças e que envolvam as suas preferências sem calcular a utilidade, benefício ou necessidade desse tempo. Ou seja, tal como para os adultos, também para as crianças existe um tempo livre, ou seja, um tempo para além do tempo de actividade obrigatória (no caso a escola), mas que tem sido objecto de constrangimentos vários. Um tempo cujo estudo envolve numerosas dificuldades epistemológicas e metodológicas, uma vez que na sociedade moderna os espaços onde as crianças podem tomar as suas próprias decisões são quase inexistentes. A escolha das actividades das crianças é orientada pela família ou pela escola, isto é, pelos adultos.
Para além disto, os espaços exteriores - sobretudo nas grandes cidades - são considerados perigosos ou escassos, o que condiciona a mobilidade das crianças. Para agravar esta circunstância, muitas das actividades organizadas no tempo fora do tempo escolar são impostas às crianças com o pretexto de contribuírem para o seu desenvolvimento. Por estas razões, a autora considera que devemos pôr em dúvida o uso do conceito de “lazer” quando se trata das actividades das crianças.
Este artigo, escrito em 1994, é - como sabemos - de grande relevância hoje!
Para aqueles que acham que as crianças não são "santas" e que a luta pelo direito ao tempo livre, verdadeiramente livre é uma coisa de pedagogos, a leitura é ainda mais essencial!
Aqui fica a sugestão!
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