Hoje vimos uma criança ser castigada e não fizemos nada!
Um debate a partir da obra de Bernard Defrance " Sanctions et discipline à l´école"
Uma obra que se dirige a todos aqueles que pensam que a escola se tornou incapaz de fazer com que os alunos cumpram as regras elementares de convivência social.
Castigar é uma pratica comum em educação.
O castigo, sobretudo com os mais novos, é uma pratica legitimada. Paradoxalmente não se reflete sobre o seu significado. Preferimos interrogar-nos sobre a legitimidade do que sobre a função e os mecanismos usados para remeter a criança ao silêncio.
A prática "de formas punitivas" nas instituições escolares nem sempre é debatida e os seus efeitos no processo educativo de uma criança não são conhecidos.
Faz o que te digo e pronto!
Faz o que te digo e pronto!
A criança castigada dificilmente tem direito de defesa ou compreensão.
Os adultos que não infringem a punição mas sabem que ela existe "assobiam para o lado".
Os adultos que não infringem a punição mas sabem que ela existe "assobiam para o lado".
A lei ao serviço das praticas educativas devia merecer a nossa atenção, desde logo porque a escola tem o dever de proteção àqueles que a frequentam.
E, seria um beneficio para todos se o debate nos levasse a praticas de responsabilização e civilidade.
Como refere Bernard Défrance: La querelle des "tolérants" et des "répressifs" taxés respectivement par les adversaires de "laxistes" et de "réactionnaires" bat son plein. Il faut sortir de cet affrontement pour trouver terrain plus serein.
Esta questão tem de ser debatida no campo dos direitos e todos temos o dever de o fazer.
A obrigação dos educadores é serem isso mesmo: educadores!
A obrigação dos educadores é serem isso mesmo: educadores!
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