Muitas pessoas, a propósito do livro "Crianças Ocipadas" me têm perguntado: contra ou a favor ?
Não acho que ser contra ou a favor seja a questao.
Eu não sou contra as actividades Sou a favor de actividades que respeitem as crianças. No caso das AEC é preciso fazer uma avaliação qualitativa que permita levantar os problemas e dar soluções.
Há que discutir esta questão de vários pontos de vista:
social - boa medida para os pais que estão descansados enquanto trabalham;
pedagógico - se as crianças puderem aproveitar e escolher;
politico - como medida educativa que promove condições de aprendizagem;
jurídico - do direito das crianças;
do trabalho - trabalho escolar das crianças e do emprego dos professores
Ser crítico em relação a:
A designação - de Enriquecimento Curricular (desvalorizando as
expressões e valorizando o curriculo formal)
Os espaços - ambiente sempre igual que provoca cansaço
A organização - tem de se pensar se módulos de 45 minutos é bom para as crianças.
A forma como são trabalhadas com as crianças as áreas de expressão. Pois muitas vezes o facto de terem uma organização rígida deixam para as crianças muito pouco espaço para se exprimirem.
A obrigatoriedade - As crianças têm de ficar na escola, no seu
tempo livre, porque os pais trabalham. Podem não frequentar? Podem não fazer as
actividades no caso de não quererem ou estar cansadas. Que alternativas?
A avaliação (por vezes é feita por empresas. Tem de se garantir que essas empresas têm profissionais da infância com competência para fazer este tipo de avaliação).
É preciso perceber o impacto destas actividades na vida das crianças.
Quanto aos professores e seus contratos essa questão é do foro do
trabalho (emprego) e das condiçoes, que têm de haver, para que as
crianças tenham um tempo na escola mais proveitoso. E da dignidade que
é preciso ter para que os profissionais da educação sejam tratados.
Maria José Araújo
100 anos da Tuna Musical de Santa Marinha
Há 2 semanas
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